Porquê esse espanto?

décimo de março, quase abril de vinte e quatro

Porquê esse espanto?

De ter sucumbido ao canto

A turba descontente dizendo faltar

Em cada esquina à vista um salazar

Como se uma puta e um bafiento

Fossem solução aos males do tempo?


Porquê tanta consternação?

Apoiar-se nos quintos da nação

um arrivista, beato e poltrão

que farejando a manjedoura

mal se aperta na abotoadura

Contra os facínoras que lá estão? 


Porquê tamanho assombro?

Se anda contigo ao ombro

Ess’outra gente de bem, 

compondo limpezas, conquistas,

Pois se eles não são fascistas,

Então não é ninguém!